#WAVEFACTS - Paciente Tarado




Uma tarde de verão.
Posto de saúde lotado. O médico novo e "gato" tinha começado seus atendimentos e a população, em peso, fora conferir as habilidades do doutor.
Não havia ar condicionado na Unidade de Saúde. Os jalecos de manga comprida desanimavam a equipe e ouvia-se o barulho dos ventiladores ligados em máxima potência, por todos os cantos da casa antiga.
Um paciente adentrou a recepção queixando-se de dor de dente. Ele não era morador da comunidade mas, comovida, a secretária conversou com Katymilene, a dentista da unidade.
Katy, como era chamada, ouviu o relato da secretária e abriu excessão para o paciente. Só quem teve dor de dente sabe o quanto dói. Ela não queria ter seu nome escrito em letras vermelhas na caderneta do Nosso Senhor Jesus Cristo, no dia do juízo final.
Katy era bonita. Morena, olhos verdes, cabelos longos e encaracolados. Fazia sucesso por onde passava. Mas naquele dia, a burrice falou mais alto.
O paciente entrou no consultório. Algo a estranhar - estava de moletom em pleno verão. Bom, ela não tinha nada a ver com aquilo e o estilo do rapaz não a interessava.


_ Boa tarde Senhor! Em que posso ajudá-lo?
_ Dotôra, cum dente aqui que tá me estrupiando.
_ Vamos examinar.


Lá foi Katy, com seu kit clínico examinar o rapaz.
Notou-se que o elemento em questão já tinha passado por intervenção em virtude de um curativo muito bem feito e adaptado, no elemento 21.



_ Quando foi a última vez que o Senhor esteve no dentista?
_ Sábado. Saí do bar do Dimilson e fui no Hospital de Emergência. A moça que me atendeu mexeu aí e disse pr'eu ir no postinho pegar o "caminhamento" pro canal.
_ Bom Senhor, o encaminhamento é restrito aos moradores dessa microárea. Ela não orientou o Senhor?
_ Cumé qui é?
_ Façamos assim: eu dou o encaminhamento ok?

Katy levantou e sentou-se em sua mesa, que ficava no cantinho do consultório apertado. Ao lado dela, deveria sentar-se o paciente, mas quando ela deu por si, a calça de moletom do paciente estava abaixada e ele com uma salsicha alemã nas mãos, meio barro, meio tijolo, segurando aquilo com a mão esquerda enquando a mão direita ia em direção à cabeça de Katy.
Ela pensou consigo mesma: "Meldelz... O homem é louco! De duas, uma: ou ele vai bater em mim com isso ou vai enfiar esse troço na minha orelha!"






E levantou, rapidamente, empurrando-o para fora do consultório.

Uma confusão formou-se em frente ao consultório. A enfermeira chefe saiu da sala e viu, os auxiliares de enfermagem (incluindo um Travesti que, ao ver o tamanho da lima do paciente, gritou um NOSSA SENHORA), gritaram e, em juntamente com a auxiliar de serviços gerais, sob vassouradas, expulsaram o tarado do Posto.

Katy estava horrorizada com o que acontecera. O susto foi tanto que ela não conseguia gritar! Tremia muito e foi levada para a cozinha, onde foi socorrida pelos colegas de trabalho!

_ Querida, você está bem?

Perguntou a enfermeira chefe.

_ Sim, estou.

_ Como aconteceu? Vamos relatar e fazer um Boletim de Ocorrência na delegacia.


_ Era muito grande...



Ambas foram para a delegacia, registraram a Ocorrência e foram embora.
No dia seguinte, eis que o fato vai parar no Plantão de Polícia, na rádio local.
Uma agente de saúde ouviu e perguntou para a Dentista:


_ Nossa doutora, o que passou pela sua cabeça na hora?


_ Que se ele fosse inteligente, com aquilo daquele tamanho, ele estaria rico!



(Baseado numa história real, vivida por eu, eu mesma e Julemes)

2 Comentários:

Celia G Barral disse...

Nunca passei por isso, amiga, mas acho que depois de por o moço, e sua arma no devido lugar, eu ia rir muito!
Ainda bem que tinha mais gente, o risco maior é qdo se está sozinha.
Tem que ficar esperta.
Nunca dê as costas (no bom sentido) a quem vc não conhece KKKKK! bjo

Paulinha disse...

Já aconteceu comigo do paciente ficar excitado durante um tratamento endodôntico... mas pelo menos ele ficou sem graça e só tentou esconder... fiz o curativo e despachei rapidinho. hehehhehehe
Deus me livre dos tarados de plantão... cruzes!

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